Ganhei Dez Mil Apostas — Perdi-Me no Silêncio

Eu pensava que vencer significava nunca parar. As roldanas giravam como relâmpago sobre o Olimpo—cada aposta, uma oração sussurrada na escuridão. Cresci em casa onde minha mãe contava mitos gregos no jantar, enquanto meu pai observava as estrelas pelas janelas rachadas. Não tínhamos dinheiro, mas tínhamos ritmo. Comecei a jogar com $10—não por querer vencer, mas por precisar sentir algo real. A plataforma chamou-se ‘O Ritmo do Trovão’. Não me recompensou com cash; recompensou-me com silêncio. Quando o multiplicador atingiu 5x, não puxei a alavanca. Fechei os olhos. E esperei. Há quem corre como guerreiros de Zeus—olhos ardendo, respiração rápida—but esquecem por onde começaram. Eu não sou um deles. Na última noite, após três perdas seguidas, caminhei sozinho na varanda. Nenhuma confete. Nenhum fanfarra. Só luz das estrelas no concreto e o zumbido do servidor esfriando. Este jogo não se importa se você vence. Ele importa se você se lembra do seu nome quando para. Eles chamam de ‘RNG’—Gerador de Números Aleatórios—as se o destino fosse codificado em binário. Mas e se o destino não for aleatório? E se for só… cansado? Juntei-me ao ‘Círculo da Luz das Estrelas’ na semana passada. Uma mulher contou sua história: jogou por trinta minutos toda noite—not para vencer—but porque sentia falta do riso da criança nas terças de terça. Não precisamos mais apostas. Precisamos de menos momentos—and mais serenidade. Você ganhou dez mil vezes? Então diga-me—quando foi a última vez que realmente parou?